Microagulhamento é um procedimento dermatológico que visa melhorar a aparência envelhecida da pele por meio da redução de rugas, combate à flacidez facial, melhora da textura, do aspecto das estrias e das cicatrizes de acne, bem como no tratamento da alopecia (calvície). Também tem sido usado para auxiliar a entrega de substâncias terapêuticas nas camadas mais profundas da pele (drug delivery).
O microagulhamento produz furos minúsculos na pele com o objetivo de estimular os fibroblastos (células responsáveis pela produção de colágeno) para restaurar a pele que foi danificada. Atua através de um sistema de rolamento que contém inúmeras microagulhas que geram centenas de microlesões na pele. Esta ação desencadeia mediadores químicos que estimulam os fibroblastos a produzirem mais colágeno e elastina para a cicatrização. Com a produção dessas substâncias, toda a pele é reestruturada e beneficiada com a reorganização das fibras internas, o que leva à diminuição das rugas, das cicatrizes de acne e das estrias, resultando em uma pele mais firme e com mais viço.
A diferença da técnica a laser é que sua principal forma de ação é mecânica, enquanto que o laser, também usado para o rejuvenescimento, tem ação térmica. O microagulhamento oferece maior segurança aos pacientes com fototipo alto, ou seja, peles morenas e negras, que precisam de tratamento que estimulem o colágeno, visando o rejuvenescimento, a redução de cicatrizes de acne e estrias, e também no estímulo do bulbo capilar no tratamento das quedas e alopecias.
O procedimento deve ser realizado sob anestesia local. Produz-se orifícios minúsculos na pele que se fecham em minutos, sem deixar marcas na epiderme. O pequeno sangramento cessa após alguns minutos e o vermelhidão desaparece após algumas horas. Portanto, não há "downtime" social, ou seja, a pessoa não precisa afastar-se de suas atividades diárias. É bom lembrar que os dispositivos utilizados no microagulhamento não são reutilizáveis, nem no mesmo paciente.
Os resultados são percebidos após o primeiro mês, uma vez que o ‘amadurecimento’ do novo colágeno é um processo lento. Espera-se melhora significativa após duas a quatro sessões. É recomendável intervalo em torno de 6 semanas entre elas, quando se observam os resultados. Após o tratamento, é recomendável o uso de substâncias capazes de estimular o crescimento de novas células, protetores solares e reavaliação médica após o procedimento.
Como todo procedimento estético disponível no mercado, o microagulhamento também possui restrições sobre quem pode realizar o método. O tratamento não deve ser feito em áreas do corpo com infecções e em pacientes com tendência à formação de quelóide. Por isso, a indicação do procedimento deve ser supervisionada pelo dermatologista para avaliação das condições clínicas do paciente, e saber se é possível aplicar esta técnica para atender as necessidades do caso em questão.