A acne, mais conhecida como espinha, é uma doença inflamatória da pele, que atinge principalmente o rosto, peito, ombro, costas e braços.
A acne é uma alteração da pele que provoca o surgimento de cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes, muito comuns na adolescência. As formas mais graves da acne são mais comuns no sexo masculino e as mais persistentes, no feminino, devido, principalmente à alta frequência dos distúrbios endócrinos. A acne se desenvolve quando os poros da nossa pele ficam obstruídos. Essa obstrução é causada pelo excesso de sebo, células mortas e bactérias nos folículos pilossebáceos. Nosso corpo produz mais sebo quando há aumento da atividade hormonal. É por isso que a acne é mais frequente em adolescentes e pessoas com distúrbios hormonais. Mulheres também podem ter acne no período da menstruação, devido à flutuação hormonal. As áreas mais frequentes são rosto, pescoço, busto, costas e ombros, nas quais a quantidade de glândulas sebáceas é maior. Todas as formas de acne podem ser controladas, e, em alguns casos, o problema se resolve espontaneamente. É muito importante buscar tratamento, independentemente da idade do paciente. Quando a acne se manifesta de forma intensa, pode prejudicar a qualidade de vida e a autoestima. O diagnóstico da acne acontece através de exame clínico feito pelo dermatologista, que irá analisar as lesões e avaliar qual o grau da acne:
Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias, espinhas ou cistos.
Grau II: cravos e espinhas pequenas – pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus. Grau III: cravos, espinhas pequenas e cistos mais profundos e dolorosos, bem inflamados.
Grau IV: cravos, espinhas pequenas e cistos, que se comunicam causando inflamação mais grave e aspecto desfigurante. Este tipo de acne também é conhecido como acne conglobata.
Grau V: surgimento súbito da acne com lesões graves, como cistos dolorosos que ulceram deixando grandes cicatrizes, acompanhado de sintomas gerais, como febre, mal estar e dor no corpo. É uma forma rara e mais comum no sexo masculino.
O tratamento pode ser tópico, com o uso de produtos contendo peróxido de benzoíla, ácido retinóico e seus derivados, antibióticos e ácido salicílico, bem como loções adstringentes e esfoliantes leves. Além dos produtos de uso tópico, há outras estratégias de tratamento domiciliar que podem ser utilizadas pelo dermatologista para obter resultados mais efetivos, como antibióticos orais (ajudam a matar as bactérias e a reduzir as inflamações), pílulas anticoncepcionais e outros medicamentos que regulam os hormônios podem ser úteis para as mulheres, inclusive na idade adulta.
A isotretinoína oral é usada nas formas mais graves e resistentes ao tratamento, ou nos pacientes muito afetados emocionalmente pela doença.
Em todos os graus de acne, se faz imprescindível o entendimento de que não há benefício algum escoriar ou “cutucar” a acne, pelo contrário, só acarreta complicações como cicatrizes e manchas escuras (hipercromias pós–inflamatórias).
Além do tratamento domiciliar, alguns tratamentos também ajudam no tratamento da acne, como a “Limpeza de pele” para remoção de cravos e pequenos cistos chamados de milium, bem como a drenagem de pústulas. Os peelings químicos promovem a renovação da superfície da pele.
Lasers e outras terapias com luz, como o Laser de CO2 fracionado, Luz Intensa Pulsada, Laser Frio e Spectra, tratam desde a fase inflamatória e aguda da acne, até as sequelas deixadas por ela, como cicatrizes e manchas hipercrômicas (escuras).
Tratar a acne é muito importante para evitar marcas e cicatrizes no rosto e em outras regiões do corpo, além de melhorar a autoestima e a qualidade de vida do adolescente ou do adulto. O dermatologista é o profissional indicado para prescrever a terapia mais adequada a cada caso.